domingo, novembro 20, 2005

A fonte está secando

Coisa mais estranha essa do processo de criação. Já se vão algumas semanas em que tento escrever alguma coisa que preste, mas me faltam as palavras e uma idéia, mesmo uma não original.

Não sei realmente por onde começar o texto. Gostaria muito de pensar em qualquer coisa. Minhas viagens pelo Brasil? Costumes e culturas distintas dentro desse país continental? Que tal falar sobre as comidas diferentes que comi em cada canto do país? Esse parece um tema interessante, mas não sou bom nisso, já que estou em regime e tenho comido só o básico mesmo.

Falar das coisas que eu vejo no avião também parece uma coisa interessante. Indo para Fortaleza viajei com um piloto cujo nome era JOTAERRE, escrito assim mesmo e em letras garrafais. Uma figura única. Na porta do avião, ele cumprimentou cada passageiro. E o melhor é que ele era uma mistura de Wolverine, Nazi e Elvis. Costeletas exclusivas ele tinha.

E eu vi Fagner nesse vôo, sentado numa fila antes de mim. E eu não sei porque razão, assim que sentei em meu lugar lembrei da música “Borbulhas de Amor”. E resolvi cantar, imitando o próprio Fagner, fazendo as caretas e tudo mais. E eu estava lá todo empolgado, olhando para baixo e cantando baixinho, quando percebo ao meu lado um homem de pé. Quando olho para cima, como se fosse mentira, vejo o próprio Fagner olhando para mim e sorrindo. Apesar de não saber onde meter a cara, ele foi muito simpático e gentil...

Poderia falar em Sidney Magal tentando (e conseguindo) a qualquer custo um lugar na classe executiva. Cara de pau o Magal... Quem sabe falar da minha experiência no Beach Park, mas agora completamente? Não sei, acho que não dá pra traduzir em palavras a emoção que a gente sente.

E as mulheres? O Rio Grande do Sul é uma passarela disfarçada de Estado. Em Fortaleza fiquei um pouco triste, porque o número de prostitutas que encontramos nos bares, boites e casas de espetáculo é muito grande. No Rio as mulheres são muito saradas. Bonitas, bem produzidas e bastante saradas. Aqui em Belo Horizonte elas são mais discretas e tímidas.

Falar da noite de cada cidade dessas também é um caso à parte. Em Salvador precisamos chegar em casa às 2:00 da manhã, porque tudo acaba. Já em Porto Alegre, você tem que sair às 2:00 da manhã, porque antes disso não tem quase nada. Em Fortaleza é uma mistura deliciosa: num mesmo espaço você tem um palco com forró, 4 ou 5 boites tocando estilos musicais diferentes, restaurante, bar. Coisa para inglês ver. No Rio é tudo muito caro e você corre o risco de não entrar na balada, caso não seja escolhido na fila. Absurdo. Mas claro que isso não acontece em qualquer lugar...

Mas eu ainda não sei sobre o que falar. Já vai o segundo ou terceiro domingo consecutivo e eu não sei o que escrever, não tenho nada pra dizer.

Preciso começar a escrever logo alguma coisa, antes que chegue o próximo domingo e eu não tenha nada para falar.

2 comentários:

Anônimo disse...

Adoro culturas, lugares, gente e casos e parece que vc tem muitos pra contar...vai comece por qualquer coisa...vc é ótimo quando não está melancólico...

mg6es disse...

Pow, Vini... Vc tá com mil facas e queijos nas mãos... falar dos outros é muito fácil hehe, desce a lenha aí nas culturas, costumes, etc... no bom sentido, claro, ou, como diria Caê: "ou não!"

[]´s