sexta-feira, março 30, 2007

De ti

Ainda que o tempo seja breve, cada instante é sempre eterno. À distância de ti, longe de mim mesmo, vagueio vagabundo e vacante – coração clandestino – traduzindo eras e destinos, rompendo como posso os dias, parindo sempre uma nova madrugada. Sigo caminhando em parcas letras, métrica disforme, lógica disléxica de minha poesia – ode ao sofrimento – eterno explanador de sentimentos, espremedor de letras ordenadas, caos organizado.

Desse torto cerebelo, extraio sílabas dos dedos e componho inversos versos dispersados, entre as pautas acabadas e dos textos carcomidos pela falta de talento. Mas não calo a minha boca, pois minha muda fala cega é ouvida a léguas de distância – ainda que vazia – arrombando os ouvidos de quem não sabe ler. Mesmo quem não quer saber de nada, sabe que eu verto sentimentos, conspurcando como posso o entendimento de quem quer compreender.

Pois na medida da palavra, há distância entre verdade literária e pulsos miocárdios, postulados mentirosos de minha imaginação. E como posso tudo o que pretendo – pretenso pseudo-eu mesmo – inteiro com malícia cada ausência de espaço, medindo na metade o dobro complemento da tua forma, entornando, em cada esquina onde passas, o meu jeito inacabado, projetado na infâmia onde profiro axiomas, mas que não passam de falácias e sofismas de você.

Mas como quer que seja eu mesmo, é em você q’eu me vejo, tentativa frustrada de querer saber o que fazer para torná-la resultado da minha equação, binômio de dois mundos diferentes, integrados por matrizes verticais, vértice, ângulo obtuso do cateto adjacente, minha musa inspiradora, catarse intersecta, matemática complexa de amantes duvidosos e disformes. Côncavo e convexo, música complexa de apenas dois acordes dissonantes. Bemol e sustenido.

E seguindo meu caminho, cato pela estrada suas partes retalhadas, montando em minha vida sua alma de menina, revivendo em meu presente um passado indistante, crendo que só hoje suporto meu lamento, sorrindo abestalhado na esperança de seus dentes se abrirem para mim.

E fim!

terça-feira, março 20, 2007



Voltaremos em breve. Ou não.


terça-feira, março 13, 2007

Proposta

Eu te proponho, nós nos amarmos...

Bom, a idéia não é postar a música do Roberto, mas, de público (e o faço até para medir algumas coisas), gostaria de sugerir uma idéia que possibilite dar nova vida ao nosso moribundo blog...

Estive a pensar acerca dos meus motivos pessoais para deixar de escrever por aqui. Depois de pensar, concluí que não há um motivo, mais alguns fatores que me levaram a largar nosso espaço de mão. Revelo alguns:

1. Escrevemos para ninguém. S'eu quisesse reconhecimento, não estaria escrevendo no mundo virtual. Mas sinto-me verdadeiramente desprezado quando nem meus parceiros de blog lêem o que escrevo. Ou acho que está ruim e estão me poupando de comentário (e já dei motivo para isso) ou não se deram ao trabalho de ter o texto. Existe a chance das pessoas nem entrarem no blog, o que seria ainda pior...
2. Dificuldades com assunto/forma/frequência. Originalmente este espaço foi criado para escrevermos contos. Além disso, tínhamos dia específico para escrevermos. A partir daí dois problemas se criaram: a dificuldade com a forma, pois nem todos queriam/sabiam escrever contos; nem sempre em nosso dia tínhamos inspiração para escrevermos. Criamos os convidados e convidamos outros membros, além de termos flexibilizado os dias de post. Parece que não adiantou...
3. Andamos sem tempo. Essa não é uma boa desculpa, se mantivermos nossos blogs pessoas atualizados...

Pois então, por conta desses problemas que eu enfrentei, pensei numa maneira de resolver o impasse...

1. Poderíamos sugerir primeiramente um tema e, a partir daí, cada um versaria sobre ele, usando a forma que lhe conviesse eu quando batesse a inspiração.
2. Usaríamos o espaço do comentário para argumentar, comentar, etc... Mas o usaríamos...

Ainda que não houvesse um tema, podemos escrever qualquer texto, em qualquer forma, versando de todas as maneiras, livremente...

Aguardo comentários...

quinta-feira, março 01, 2007

Onono no onono onon

Onono nonon nonono onon nonon nononon ononon nono non non non n nononon n ononon nonn onon onon non no non non non nonnonon ooononon nonon n nononon nononon n nonoon nononon nonon. nonono, onon onoon noonnonon, onono non onno! Onono nonono ononon nonononononono on on on no on no nono non nono nonono nonoon noon onn.

Ono no, on on non onono nnonon nonon onon nonon. nonono nonon non noon? Onno nono nono nono nononon oonono no n ononono no n on ono nononoono n ono no onooonoonono...

Onono nonon nonono onon nonon nononon ononon nono non non non n nononon n ononon nonn onon onon non no non non non nonnonon ooononon nonon n nononon nononon n nonoon nononon nonon. nonono, onon onoon noonnonon, onono non onno! Onono nonono ononon nonononononono on on on no on no nono non nono nonono nonoon noon onn.

Ono no, on on non onono nnonon nonon onon nonon. nonono nonon non noon? Onno nono nono nono nononon oonono no n ononono no n on ono nononoono n ono no onooonoonono...

Onono nonon nonono onon nonon nononon ononon nono non non non n nononon n ononon nonn onon onon non no non non non nonnonon ooononon nonon n nononon nononon n nonoon nononon nonon. nonono, onon onoon noonnonon, onono non onno! Onono nonono ononon nonononononono on on on no on no nono non nono nonono nonoon noon onn.

Ono no, on on non onono nnonon nonon onon nonon. nonono nonon non noon? Onno nono nono nono nononon oonono no n ononono no n on ono nononoono n ono no onooonoonono.

Onono nonon nonono onon nonon nononon ononon nono non non non n nononon n ononon nonn onon onon non no non non non nonnonon ooononon nonon n nononon nononon n nonoon nononon nonon. nonono, onon onoon noonnonon, onono non onno! Onono nonono ononon nonononononono on on on no on no nono non nono nonono nonoon noon onn.

Ono no, on on non onono nnonon nonon onon nonon. nonono nonon non noon? Onno nono nono nono nononon oonono no n ononono no n on ono nononoono n ono no onooonoonono.