segunda-feira, maio 14, 2007

O livro de Chun-Yan.


Baixei no e-mule "Os Ensinamentos Sagrados de Chun-Yan", em arquivo de áudio, traduzido para o português. Agora o ouço em MP3 no celular. É material para muito tempo - provavelmente algumas semanas.
Tenho quase certeza de que a voz é a mesma que dublava o senhor Miyagi, do Karatê-Kid. Naquele tom serenamente despreocupado que remete à imagem de um sábio chinês solitário no alto da montanha.
Pequenos fatalismos e idéias um pouco mais elaboradas vão surgindo, em uma ordem que, desconfio, vá fazer mais sentido com o desenvolvimento do texto.
"Mulheres pequenas parecem pequenos macacos. Dormem agarradas no antebraço, pelos braços e pelas pernas. Olham com olhos de macaco com fome, para conseguir coisas que querem."
"Homem abençoado o que tem uma mulher grande e rica, que o deixe dormir por duas luas novas, em seu colo. Que traga ópio para casa, porque não precisa que seu homem vá ao trabalho. Mulheres grandes são ideais para aconchegar o guerreiro cansado. As mulheres grandes podem carregar os mantimentos sozinhas, enquanto o homem cuida da filosofia e da defesa da família."
"Bem aventurado o homem ou rapaz que ao seu lado tem uma mulher ágil. Mulheres ágeis tem o espírito do fogo, e conseguem acompanhar o homem em suas aventuras. A mulher realmente ágil é aquela que consegue domar uma besta, com a mesma facilidade que cavalgam uma noite inteira sobre seu homem. De preferência, a mulher ágil pode fazer as duas coisas em um mesmo dia."
São diversas coisas nessa mesma linha. Tem sido uma diversão, sob os óculos escuros, analisar as mulheres à minha volta na faculdade, no trabalho, na rua, e imaginá-las se agarrando ao meu braço, domando uma besta, carregando os mantimentos ou cavalgando uma noite inteira sobre mim.
Agora mesmo, tem uma loirinha aqui na frente que parece bem ágil...

[]´s

quarta-feira, maio 09, 2007

Quando o amor explode

Hoje eu acordei querendo ter notícias suas. Fechar os olhos e relembrar seu cheiro. Depois de tantos anos e desencontros você continua dentro de mim. É estranho saber que o meu silêncio constrangido durante as suas acusações de descaso não delatou a minha inocência. Sua voz ansiosa por meu aconchego ainda está na minha mente. Como eu posso te explicar que uma sucessão de coisas pequenas impediu o nosso sonho? Não foi covardia, não foi um outro amor... Só posso culpar o maldito acaso que mais uma vez me levou para longe de você.

Eu sei que você não vai ler esse desabafo. Mas hoje eu levantei da cama convicta de que amo você. Só você. Sempre você. Meu amor primeiro, meu príncipe encantado do mundo cor de rosa e azul claro.

quinta-feira, maio 03, 2007

El viejo comunista





Un viejo que fuera comunista
se sienta a fuma la tarde entera
mientras buena lluvia cae afuera
con voz desnuda, el vejo piensa
porque coinciden en su ventana
palomas grises con la pena que fumara
palomas grises con la pena que fumara

tornan sus ojos a un dia lejos
cuando a un libro un verso, a una muchacha un pensamiento
cuando a un libro un verso, a una muchacha un pensamiento
cree que ya nada lo sorprende
que se curó de espanto, desgastó el llanto
que se curó de espanto, desgastó el llanto

Recordó canciones que cantaba
y combersaciones con amigos hasta el alba
y combersaciones con amigos hasta el alba
recordó la esquina de su casa
cuando dijo adiós y vio a su madre que lloraba
cuando dijo adiós y vio a su madre que lloraba
y ahora en sus ojos también llueve, pues le sorprende que aun le duele
los años, la vida, su amor
los años, la vida, su amor

ohh ohh
aun le duele
ohh ohh
aun le duele
ohh ohh
aun le duele
ohh ohh
aun le duele

Manuel Garcia é chileno, e esta canção, do disco "Panico", é particularmente bela. É que há sempre uma beleza muito especial em tardes chuvosas... assim como também há no desencanto cheio de melancolia de um velho comunista...