domingo, junho 11, 2006

Nada para falar, como sempre

Quanto mais eu tento escrever, mas eu percebo minha total falta de assunto. Tentei falar sobre o quebra-quebra do congresso e minha revolta por concluir que esta foi mais uma manifestação política. Se mandassem meter pau nos arruaceiros, o presidente seria classificado como violento e diriam que ele, antes apoiador dos movimentos populares, agora que está no poder é opressor (mesmo que o ocorrido tenha sido totalmente irregular e absurdo).

Agora os deputados aprovaram um aumento de mais ou menos 7% para os funcionários públicos aposentados, mesmo que isso prejudique o orçamento e as contas da união. O governo quer dar 5% e os deputados querem 7%. Claro que eles não estão pensando no bem-estar dos aposentados. O que eles querem é colocar o presidente em xeque: se o Lula aprovar os 7% vão chamá-lo de irresponsável ou vão dizer que foi uma medida eleitoreira; se vetar, ele perde pontos na corrida eleitoral e vão seguramente acusá-lo de sacana, pois quando ele estava na oposição ele lutava por melhores salários.

O pior disso tudo é que sabemos que todos esses movimentos não visam melhorar a vida de ninguém. Muito pelo contrário, são medidas para prejudicar o candidato do governo. Não qu’eu esteja defendendo ou atacando ninguém, não é o objetivo. É porque o papel dos governantes é garantir melhorias ao povo e não derrubar candidatos para ganhar o poder. Mas isso é completamente utópico e obscuro em nosso país.

Mas eu desisti de falar sobre isso, porque é assunto que se conversa em mesa de bar, olhando nos olhos e ouvindo vários pontos de vista. Monólogo só quando falamos dos nossos problemas...

Depois pensei em falar sobre a oficialização da minha transferência de cidade, mas achei que esse assunto não é digno de blog comunitário. Este é o tipo de assunto que eu devo tratar lá no Divã, mas minha total falta de inspiração me inibe de falar disso. Além do mais, apesar de pertencer desde o mês de junho a outro escritório, até setembro não devo aparecer por lá, porque fico até o fim deste mês em Porto Alegre depois vou passar dois meses em Brasília.

Pensei também em falar sobre minha volta a Porto Alegre, cidade que gosto porque tem três das coisas que mais gosto na vida: frio no inverno, mulheres lindas e boas bandas de rock (não necessariamente nessa ordem). Mas em minha primeira semana vi lindas mulheres (apenas vi) e senti pouco frio, porque uma frente de ar quente idiota resolveu atrapalhar minha diversão. E ainda não vi nenhuma banda de rock. Pelo menos as mulheres gaúchas não faltam. É mulher bonita pra todo lado. Na verdade na terça saí com um amigo para uma “hora feliz” e infelizmente topei com uma espécie pouco comum por aqui: mulher feia. E o pior é que ela ficou flertando comigo. Mas é como eu sempre digo: jogar charme pra mulher feia é fazer favor pro diabo. Então fiz cara de paisagem e fiz de conta que não era comigo.

Como não consegui desenvolver nenhum dos temas acima, resolvi falar sobre minha total falta de assunto. Acho que este foi o tema mais reprisado por mim aqui no Digitais. É que eu ando entre a ansiedade de sair de casa e mudar toda minha vida e o trabalho, que serve como escudo para meus problemas mais pessoais. Acho que muita gente se esconde dos problemas através de coisas como trabalho, estudo, etc.

Pois bem, estou no oitavo parágrafo, falei sobre algumas coisas sem falar de nada. Acho que vou começar a desenvolver essa habilidade: falar sobre porra nenhuma em oito ou dez parágrafos. Quem sabe assim, ao menos, preencho a lacuna dos domingos...

Um abraço.

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