quinta-feira, julho 28, 2005

Um pitaco a mais, um pitaco a menos...

Eu não acredito na questão quanto à consciência de Lula do mensalão e dos esquemas de financiamento de campanha.
Lula é um político de primeira linha há muito tempo. Está no meio daquele ninho de cobras há muito tempo. Sabe do que acontece por lá, ainda mais tratando-se de um esquema abrangente, como é o caso.
O núcleo do governo pode ter tido o mínimo de senso de conveniência de não deixar o presidente da república tratar diretamente, ou ter seu nome citado a ninguém, em relação a este tipo de procedimento. Mas isso é um detalhe.
Estamos falando de um esquema instituído e funcional há muito tempo. Estamos requentando um café velho. Já tínhamos visto isso tudo acontecendo no governo anterior, e nos anteriores. Mas...
Mas àquela época, tínhamos uma grande coalizão de partidos de direita na situação, e um PT minoritário e sem poder formal jogando as pedras. Hoje, é um PT minoritário na situação, que em busca de governabilidade, se envolveu nos esquemas tradicionais da política brasileira.
De quantos engavetamentos de CPI´s, aprovações de lei de mordaça, de reeleição com aprovações de projetos gastando milhões e afins, e calabocas ao ministério público FHC arcou com o “custo político”? Era fácil, liberando dinheiro, segurando a barra das sujeiras que apareciam de PFL, PMDB e da respectiva laia.
O PT entrou no governo e teria uma missão hercúlea de derrubar isso, da qual abriu mão para adiantar outros aspectos importantes do governo.
Não contou com um fator simples – não poderia (e nem pode) se aprofundar nesse modelo de política tanto quanto os governos anteriores. Ao mesmo tempo em que deixou esse “rabo preso”, liberou a polícia federal e o ministério público para incomodar muita gente grande, e não quis (e nem deveria querer) acobertar o Big Bob na pataquada dos Correios. E por isso, virou alvo de todos estes partidos, que ainda somam a maioria das cadeiras por nossa estrutura eleitoral coronelista, atrasada.
O PT errou. Mesmo que os fins ainda sejam defensáveis, eles não justificam os meios. Deveríamos ter tido um início de governo quebrando esses esquemas todos aí. Uma ruptura difícil num momento delicado de transição de governo, mas necessária.
O que vamos continuar vendo agora é o cretino do ACM Neto repetindo perguntas para aparecer bonito na televisão. E nas mesas de bar, um bocado de gente amargurada com essa situação. Muita gente com a atitude de “não tem jeito mesmo” “é tudo uma porcaria”. Outros, pior, declarando amor a Roberto Jefferson. Outros, até compreensíveis, passando a falar em PSOL e PSTU – partidos com grandes ideais, pouca capacidade intelectual e prática, que ficam se prestando de massa de manobra da direita por isso.
Não acho bonito o que aconteceu, mas percebo comprometimento real do governo com o país, e resultados em muitas áreas. Torço para que tenham “aprendido a lição”, e folgo em ver a diminuição dos cargos de confiança.
Ver gente indo presa, parece o mínimo, mas é querer demais, pelo corriqueiro do colarinho branco nesse país.
Eu ainda voto no PT.

[]´s
(Agora compromisso mesmo é o cara de férias honrar sua quinta-feira no ED. Um prazer, é verdade, mas de férias requer um pouco de esforço...)

6 comentários:

mg6es disse...

No calor da "emoção" disse nao mais votar no PT. Continuo "emocionado". No meio de tudo fico muito puto com certos pares (párias), como esse almofadinha travestido de deputado, o ACM Neto, pousando de impoluto. Nem parece que nasceu tomando leite da vaquinha federal que o avô amarrou no seu pasto. Dá nojo! Dirceu, Genoino, esses me decepcionaram mto, pelo historico que têm. Meu lado Raul pode fazer com que mude de ideia, mas sempre terei um pé atras.

Vida longa ao PT! []'s

Diógenes Pacheco disse...

É melhor ser essa metamorfose ambulante... do que ter aquela velha opinião. :)

[]´s

Marina disse...

Eu não voto no Lula!

Anônimo disse...

Quando o PSTU e o PSOL serviram de massa de manobra?

Eu concordo com vc em alguns pontos tb. Mas de modo geral o governo Lula me decepcionou. Ele fez o que sempre condenou privilegiou a área econômica. Aliás essa é uma forma leve de falar as coisas. Na verdade ele privilegiou os já privilegiados. Continuou crescendo o pão pra depois dividir. Sendo que o Brasil já é um país muito rico.

Eu só consigo crer em governos que tenham como prioridade a divisão do poder (político e econômico).

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

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