quarta-feira, julho 06, 2005

Verba Volant Scripta Manent

Leitoras e Leitores, atenção, não tirem as crianças da sala!! O Blog Expressões Digitais tem a coragem de vos apresentar... (tambores rufando), um cidadão... (aplausos) ...ele é... (aplausos abafando a voz do apresentador) ...mais um parti... (aplausos) ...cipante...

...cinco minutos depois, silêncio total...

Muito obrigado, muito obrigado, não era para tanto... (meio sem jeito)...

Caros amigos! Cá estou como humilde escultor de letras e palavras, e muito grato pelo convite. Espero contribuir de alguma maneira para o bom funcionamento deste canal de comunicação. Para tal, antes de mais nada, quero me apresentar:

Fui registrado num cartório cujo juiz se chamava Múcio, em tempos idos, bons tempos em que juizes..., deixa pra lá! Daí vem meu nome. Sou um pernambucano desnaturado, pois moro em Maceió há algum tempo, e aqui, quando se bebe da água... Estou de passagem nesse plano por um período não determinado, e aí já se vão 36 anos, e com muito afã, quero muito mais. Não tenho formação acadêmica, mas já sou calejado pelas dores e odores dessa vida. Faz 14 anos que entrei para as estatísticas das pessoas portadoras de deficiência, depois de um acidente automobilístico, leia-se: bebi demais, porém menos que o colega que me acompanhava, deixei-o dirigir, reclinei o banco do carona, e não coloquei o cinto, (não tentem fazer isso em casa!).

Gosto de escrever, e me arrisco qual um navegador temerário nos mares da poesia, e assim como agora, também no campo das crônicas. Gosto de rir tanto quanto de chorar, sou puto com injustiças de todo tipo, sacanagens políticas e afins (mas quem não é?). Já quis ser bombeiro, já fui soldado do exército, e vejam o contraste, pois eu queria ter vivido os anos de chumbo, queria ter sido exilado no Chile, mas não torturado, claro! Queria ter sido um ativista político, um marxista-leninista, um guerrilheiro, coisas do gênero. Não deu. Cheguei em 69, e quando completei 10 anos a abertura já era a retórica da hora, meno male. Ah, também quis ser palhaço, e sempre saía do circo resmungando que jamais iria crescer, só para poder voltar sempre. E aquele menino insiste em me acompanhar...

Já fumei, já bebi mais. Hoje só fumo se a ocasião etílica for empolgante. Bebo eventualmente, e algumas vezes, conjugo o verbo em todas as formas, embora termine no gerúndio de outros verbos, como “vomi..., cair e dormir”, necessariamente nessa ordem. Reunir amigos para conversar faz muito bem à alma, bebendo ou não.

Prefiro a batida de um blues à confusão melódica do jazz; pífanos e rabecas; e toda manifestação cultural nordestina (a que conheço), maracatus e cirandas; Chicos, Ottos, Ambrosios e Lenines; enfim, música brasileira na mais perfeita acepção da palavra.

Assim sendo, acho que já deu para se formar uma idéia a respeito deste escultor que vos escreve, e o mais vai se revelando a cada quarta-feira.
É..., a conversa está boa, mas é preciso justificar o título acima. Então, como eu sempre que mato a cobra mostro o pau - com a devida autorização do Ibama – aqui vai:


Numa sala de aula, primeiro período de Direito, alunos recém-saídos do ensino fundamental, conversas paralelas, e um mundo de questionamentos absurdos. Dita o professor a matéria, uma pausa, um comentário, uma dica aqui, um toque acolá, eis que surge no fundão a indefectível dúvida:

“Professor, é pra copiar?!”

“Verba volant scripta manent”, grita o mestre.

Pronto. Instalou-se o dilema:

“Verba o que?!”, soltaram.

“Verba volant scripta manent”, repetiu.

“Sim, mas, é..., traduza!”, pediu alguém.

“As palavras voam, escritos permanecem, fiat lux!” Completou.

Mas por que fez isso? Instalou-se o pânico. Trocou seis por meia dúzia, o caro mestre. Murmurinhos, e tentativas de decifrar a incógnita frase, até que uma alma salvadora, dessas que povoam ambientes insólitos, grita lá trás:

“Fez-se a luz! Vi isso numa caixa de fósforos”, entre risadas.

“Ahhhh”, com tom de alivio.


Assim sendo, que nossos escritos permaneçam.

Luz e Paz!

9 comentários:

Anônimo disse...

É sempre um prazer ler-te, Múcio Melhor do Mundo Gois
:)

Diógenes Pacheco disse...

E fiat lux!
Fudeu que amanhã sou eu!
Alea jacta est!*

[]´s

*A Léia é uma jaca.

Vinicius disse...

Muito bom cara. Gostei do texto e da construção das idéias. Estamos muito bons mesmo!

Anônimo disse...

Parabéns meu Múcio...cada dia mais fã eu fico. E sorte a todos!

Marina disse...

Porra! Não comentei antes pq seu texto é tão tudo de bom e perfeito que não existe palavras p/ elogiá-lo!!! Você é foda! F-O-D-A! E meu amigo! Uhuuuuuuuuuu! :P Exagerei um pouco né?! É o sono... ;) Mas vc é foda mesmo! Beijos ;***

Blue Woman disse...

Q bom conhecer suas palavras além dos versos belos.

Estarei sempre aqui para te visitar.

Gostei da idéia!

um beijo!

Anônimo disse...

"Assim sendo, que nossos escritos permaneçam."

Que o seu escrito permaneça, menino Múcio...da forma como quiser, com a intensidade que tiver...

Continuo encantada pelas tuas palavras... e desejando conhecê-las ainda mais!

Muito bom você estar fazendo parte deste nosso mundo!

Beijo!

Anônimo disse...

Depois de uma grande apresentação, sem ter que ficar se chateando com vida ou com seus percalços, uma bela estória curta (short story) bem descontraído.

Mucio, saudações poéticas!!

down

Anônimo disse...

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