Para morrer aos poucos.
Outro dia eu estava conversando, mesmo contigo, de como existe essa tentação de falar, às vezes, sem ter o que dizer. Escrever coisas sem inspiração, falsos pensamentos, enfeites. Um pecado, na verdade. Quem realmente importa sabe o suficiente para ver o que você fez. Ou até, sem prejuízo aos olhos de ninguém, pode haver uma interpretação indevida, e as suas palavras vazias tomam um sentido qualquer. Um sentido que você não oferece e nem entende.
Outro dia eu estava lhe dizendo, mesmo, dessa nossa possibilidade de fazer sentido, lembra? De ter idéias juntos. E deixo aquelas coisas, novas, encostadas atrás de uma porta. Aquela sensação de que esquecemos de pegar algo, uma luz acesa em algum cômodo, um grito que te acordou e você não entendeu.
Eu me lembro como se fosse um filme que a gente só viu a metade, num mundo engraçado, desenhado, dançando. E o mundo real, como sempre, sem tempo para mais nada.
Aquelas coisas que a gente não resolveu naquela aventura em São Paulo. Aquele sorriso de canto de boca. Umas brincadeiras para o pensamento distraído, umas lógicas que vem como se do sul para o leste, num vento tranqüilo. Uns cigarros para morrer aos poucos, loucos, lerdos, nus.
[]´s
6 comentários:
Não entendo vc.....
e o filme era metropolis?
:)
acho legal até que cada um forje seu próprio significado...
Que coisa mais linda, que coisa mais linda...
Muito lindo seu post..Mais muito lindo mesmo!! :)
fazia tempo q n te via escrever assim com tanto sentimento e de forma tão poética...rs
<:o)
Brincar de ser feliz!
O palhaço, nada mais é que um homem vestido de piadas!
Pra teu filme que não acabou, invente o final. E Happy End!
Beijo Dido!
Esses pensamentos soltos, loucos... que fazem sentido a nós mesmos... Esses instantes esfumaçados com as certezas e incertezas que nos fazem morrer aos poucos... E nus. :)
....................
Muito lindo, Dido!
;*
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